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Vida Real – Como ele venceu o desemprego?

11 de agosto de 2021

Todo mundo está sujeito a ficar desempregado, afinal qualquer estabilidade na carreira é completamente ilusória.

 

Para vocês terem uma ideia, apenas 11% das empresas da primeira lista da Fortune 500 continuam lá atualmente! Algumas foram compradas, algumas diminuíram de tamanho, algumas desapareceram.

 

Quando vejo estatísticas assim sempre penso: e os postos de trabalho nessas empresas, como ficaram? Quais decisões estratégicas precisaram ser tomadas nessas movimentações de compra e venda? Quantas áreas também desapareceram? E quantas posições precisaram ser enxugadas?

 

É, meus amigos e minhas amigas, se existe uma verdade no mercado de trabalho é que estabilidade não existe!

 

Bom, e se você me acompanha já há algum tempo, sabe que eu acabei de finalizar o projeto Headhunter Entrevista, em que entrevistei ao vivo 10 grandes executivos de empresas como: Google, Amazon, Linkedin, Spotify, Pearson, Ducati, Elektro, CPFL, Mastercard e Banco First Manhattan Co. (NY).

 

Em uma dessas conversas recebi o Marcelo Giugliano, um grande CFO e atual Finance Country Leader da Amazon no Brasil. Ele contou que já ficou um tempo desempregado e compartilhou conosco alguns insights e boas ideias sobre esse momento, veja aqui.

 

Antes de contar o que ele fez, é importante focar um ponto:

O Marcelo é um excelente profissional, com uma trajetória de carreira brilhante e altamente diferenciada e inusitada!

 

Inusitada, pois ele é graduado em Matemática e começou sua carreira na área de TI, antes de migrar para a área financeira.

 

Brilhante, pois ele teve um crescimento fantástico! Começou trabalhando muito cedo, ainda jovem assumiu sua primeira posição de liderança, gerenciando dez pessoas, incluindo algumas bem mais velhas do que ele, migrou para a área de Finanças e em pouco tempo aumentou seu escopo, assumiu posições estratégicas, foi expatriado e depois se tornou CFO, também muito jovem.

 

E, mesmo com esse histórico impressionante, ele conviveu com o desemprego.

 

Veja um pouco do que ele compartilhou sobre essa fase:

Apesar de toda a situação ser bastante preocupante, pela crise do país e pela minha própria situação pessoal, o que eu fiz foi olhar isso tudo como uma grande oportunidade. Nos 30 anos anteriores, eu tinha trabalhado todos os dias e não tinha me dedicado às coisas que eram importantes.

Esse pensamento pode parecer simples e comum, mas não é. Pensar que enquanto estamos empregados a maioria de nós não se dedica a coisas importantes da vida, além do trabalho, requer uma grande reflexão.

 

E o mais engraçado é que o Marcelo ainda veio a revelar um outro pensamento que expõe a realidade de 90% dos profissionais: que Networking não é trabalho!

 

Marcelo revelou que quando saiu da DIAGEO percebeu que tinha um Networking que ele considerava muito fraco. Naquele momento ele percebeu que precisava cultivar networking muito melhor do que tinha e que no dia a dia do trabalho não estava fazendo isso.

 

90% das pessoas com quem eu converso ainda não fazem networking bem-feito enquanto estão trabalhando. Alguns não me atendem, por eu ser um headhunter e hoje estarem empregados, mas vão me ligar assim que a situação mudar.

 

Networking é (e dá) trabalho! O cafezinho é trabalho! O almoço é trabalho! As ligações para manter seus contatos próximos e atualizar as novidades é trabalho! E se faz enquanto estamos trabalhando. Na verdade, não devemos parar nunca!

 

É como se o atleta atingisse sua melhor forma física e parasse de treinar. Já viram isso? Não, pelo contrário! Quanto mais ele treina e fica bom no que ele faz, mais ele treina.

 

Hoje não tem um Networking fortalecido quem não quer, pois as ferramentas existentes facilitaram e muito a conexão entre as pessoas, as trocas de conteúdos relevantes, o acesso às pessoas.

 

Além de uma simples conexão, até encontros também acontecer virtualmente, via Skype, Hangouts, Webinários. Pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo mais do que se conectam, se relacionam através da rede.

 

Agora veja a dica do Marcelo:

 

Você tem que construir networking quando não precisa dele! E eu fiz muito isso! É importante que as pessoas vejam que não é por questões oportunistas, você não as procurou somente porque está procurando emprego. Você mantinha contato com elas mesmo quando você não precisava disso, mas porque você queria.

 

➣ Eu te convido a refletir sobre isso nesse exato momento da sua vida, principalmente se você estiver empregado: Qual a nota, de 0 a 10, que você atribui a qualidade do seu Networking?

 

Agora veja como a história do Marcelo continuou:

 

“Eu tinha agora um tempo para me desenvolver que eu nunca tinha tido antes”. Ele aproveitou esse tempo, inclusive, para fazer cursos sobre assuntos que sentia que precisava aprender, como governança em empresas brasileiras, entre outras atividades.

 

Como ele se recolocou?

“A oportunidade de ir pra Amazon veio de um comentário de uma pessoa que eu encontrei em um evento de networking. Ela comentou que tinha essa vaga, eu me candidatei e acabei entrando.”

A resposta: através do networking!

O Marcelo tinha o seguinte ideal em mente: Fazer com que o máximo de pessoas possível o conhecessem e soubessem que ele estava procurando emprego. E deu certo.

 

Uma grande sacada!

Para finalizar, Marcelo deu uma dica final sobre esse momento de desemprego e como reagir a ele que eu preciso compartilhar porque fez absoluto sentido:

 

“O seu momento pessoal transparece na entrevista.”
Ter atitude positiva, estar bem comigo mesmo e ter tido bons momentos (ter levado meu filho ao cinema, por exemplo), com certeza contribuiu para eu ter uma energia melhor na próxima entrevista que eu fiz. Apesar desses momentos negativos (e confesso que não fui sempre assim), mas tentar ter atitude positiva em relação aos desafios, ajuda bastante para você persegui-los de forma eficiente.

E como headhunter eu assino embaixo.

 

Por mais que o momento do desemprego seja difícil, e eu sei bem o que isso significa emocionalmente, é preciso buscar alternativas para se reequilibrar. Não só porque vai transparecer na entrevista, mas para que você tenha mais equilíbrio para pensar e criar saídas para seus momentos.

 

Tenha certeza, as empresas sempre buscam alguém para resolver seus problemas e não alguém que precise de um emprego. Não peça ajuda durante a entrevista, ofereça ajuda ao seu futuro empregador, isso muda tudo!

 

Vale conferir a entrevista na íntegra nesse link:

https://www.youtube.com/watch?v=-zvi0d4AfJ8&t=20s

 

Desse texto ficam algumas reflexões:

Networking é fundamental, principalmente quando estamos empregados (essa tecla já está sem tinta de tanto que se bate nela);

Buscar equilíbrio enquanto se está desempregado é fundamental para o sucesso. Nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente quando o cenário econômico não é favorável. A Resiliência é uma das competências mais importantes para um executivo nessa fase!

Se você está desempregado, como esse texto impactou você?

 

Como está sua estratégia de buscas?

 

Você tem dado mais foco em seus problemas ou nos problemas que você resolve?

 

 

Leia outras 20 TOP reflexões da entrevista com o Marcelo:

Pensar no futuro– Em determinado momento da carreira Marcelo decidiu que precisava sair um pouco da área de TI para conhecer outras áreas de negócios das empresas para que no futuro se tornasse um profissional de TI melhor, acabou mudando de área definitivamente.

 

Cursos– Cursos são ótimas ferramentas de aprendizado. Marcelo fez Pós em Administração Industrial para ganhar bagagem e conhecimento em disciplinas básicas de gestão de negócios e acabou se apaixonando.

 

Sem medo de recomeçar– Na Diageo estava na área de Planejamento e Controle Financeiro, mas como tinha o plano de se tornar CFO em poucos anos, fez uma mudança lateral para Controladoria e teve que aprender “do zero”. Valeu a pena.

 

Escambo: minha experiência pela sua– Quando se mudou para Londres, ainda na Diageo e em busca de sua preparação para assumir como CFO, trabalhou na área de tesouraria, totalmente nova para ele. Marcelo conta que agilizou o processo de aprendizado trocando com os colegas ingleses sua experiência do negócio em si pela experiência na área de tesouraria.

 

Liderança– Aos 24 anos, ao assumir sua primeira posição de liderança de uma equipe de 10 pessoas, todas mais velhas, alguns pontos facilitaram a adaptação:

 

“Tratar todas as pessoas com respeito e levo isso pra minha vida como um todo: tratar as pessoas como eu gostaria de ser tratado, mesmo que eu não esteja sendo tratado dessa forma por elas.”

“Dediquei muito tempo a ouvir as pessoas. Dediquei também para ensinar, claro, mas dei valor para o que elas tinham para me ensinar.”

 

Aprendizado– O mais importante são os aprendizados que tiramos sobre o que fazer e o que não fazer nas próximas jornadas.

 

Como aprender a parte técnica em novos desafios– Não tem jeito, a não ser ler bastante, procurar cursos. “Eu fiz curso de controladoria para me dar conhecimento, li muito a respeito, realizava algumas conversas com quem realizava a mesma função que a minha em outros países. Ou seja, fui conversar com essas pessoas para entender os desafios delas para começar a desenvolver os meus.”

 

Princípios de Liderança bem definidos– Você tem que ter muito bem definido quais são seus princípios de liderança. “Os meus eram: inovação, energia emocional de criar desafios e ir atrás deles, e ser muito o que eu chamo de “edge” (ser firme, tenaz, firme nos propósitos).”

 

As perguntas realmente movem o mundo– Quando entrava em uma área que não conhecia, justamente por ser uma pessoa de fora, ele fazia perguntas muitas vezes fora do normal do que era perguntado, então realmente desafiou essas áreas de uma maneira que talvez ninguém nunca tivesse feito. Isso trazia oportunidade de desenvolver soluções diferentes. E havia troca: tinha pessoa trazendo perguntas diferentes e o time trazendo respostas diferentes e eu aprendia muito.

 

Como se diferenciar– Acho que o principal ponto onde eu me diferenciei foi em sempre ir um pouco além do que o meu job description pedia.

 

Como se diferenciar – na prática-“Como profissional financeiro, eu não necessariamente precisava interagir com consumidores, visitar clientes, entender as motivações deles, pois eu poderia receber essas informações filtradas dos times comerciais. Porém, eu fazia um pouquinho a mais e ia entender o que o consumidor queria, quais outras oportunidades poderiam surgir conversando com clientes e consumidores e, muitas vezes, me envolvendo em discussões de times de marketing e vendas, que não são comuns de um diretor financeiro querer entrar.

 

“Isso criou um diferencial de ser uma pessoa curiosa de não ter vergonha de fazer perguntas que poderiam ser vistas como idiotas e, principalmente, de fazer perguntas diferentes”

Agora, complementando esse raciocínio:

 

Você pode ser a pessoa mais inovadora, mais carismática e ir além do job description, mas os resultados precisam aparecer! Senão não vale.

 

Como ir mais longe– Eu sou muito crítico comigo mesmo! Se você conseguir dosar isso de forma positiva, eficiente e eficaz você sempre estará com aquela pulga atrás da orelha: será que estou performando bem? Mesmo quando todos os feedbacks dizem que está. Usar essa energia de forma positiva te leva a lugares muito mais longes do que se você se acomodar e achar que esta performando bem!

 

Competência fundamental para a área financeira– “Resiliência é muito importante para o cara do financeiro porque ele é quem leva as más notícias.”

“Más notícias a gente dá de uma vez, as boas notícias a gente dá aos poucos”.

 

Começando em um novo emprego– O mais complicado é aprender a dinâmica e não tem outro jeito de fazer isso a não ser dedicando tempo a conversar com as pessoas, com as áreas comerciais, com gente dentro e fora da empresa (clientes, fornecedores, participar de fóruns de mercado ou associações de classe) para entender a dinâmica. Ler relatórios, conversar com o parceiro do banco que já conhece do negócio, conseguir alguns relatórios da dinâmica da indústria. Não tem muito jeito, tem que gastar tempo conversando e aprendendo.

 

Adaptação cultural– Entender a cultura da empresa é mais difícil do que entender o mercado e a dinâmica do negócio. A cultura é feita de diversas pessoas, com opiniões diferentes e backgrounds diferentes. E a melhor forma de aprender é experimentando, entender como o processo de decisão é tomado, entender um pouco da dinâmica política, quem decide as coisas e quais suas motivações. Quem são as pessoas que vão te dar suporte?

 

Mas é fundamental ter boa performance para entregar resultados, para as pessoas te respeitarem e te chamarem para perto delas para você poder aprender mais sobre a empresa. Dedicar tempo para ter conversas individuais com as pessoas das suas áreas. Se for multinacional, você precisa conhecer o headquarter de perto e entender a cultura para saber transitar entre a cultura do business local e da matriz.

 

Vida Pessoal x Vida Profissional– Conseguir, de alguma forma, organizar minha vida para que eu pudesse ter tempo para cuidar do lado pessoal junto com o profissional foi a chave. Isso sempre me ajudou bastante a ter equilíbrio, pois ficar o tempo todo focado no trabalho, 14 horas por dia, 5 dias por semana, se você não tiver tempo para você e momentos que te tiram dessa rotina, você não consegue sobreviver.

 

Desconectar para se conectar– Lembro de quando eu caminhava na Paulista. Quando tinha 30 minutos entre uma reunião e outra eu ia caminhar, ia espairecer, e as respostas para os problemas que estavam na cabeça vinham! É importante saber se desconectar por alguns momentos, porque aparecem insights muito interessantes.

 

O que é sucesso? – Acho que o sucesso vem de você estabelecer objetivos e realizá-los. Acho que isso é sucesso! Não necessariamente é ser promovido, o objetivo pode ser participar de um projeto, conhecer uma área nova, conhecer uma pessoa e estabelecer um bom relacionamento com quem você quer estabelecer. Não existe sucesso sem objetivo!

 

Equação do Matemáticosorte = competência + oportunidade

 

Dica de Ouro– A principal dica que eu daria é que você de alguma forma tem que encontrar uma forma de se diferenciar. Você tem que ser diferente. Em todos os trabalhos que você faz, as pessoas têm que falar de você junto com algum diferencial que você tem, algo que você faz que não deveria fazer, algo que você faz e outras pessoas não fazem. Alguma coisa que todo mundo que trabalhou com você vai lembrar de você a respeito disso.

 

Fernando Paiva – Headhunter

Publicado em 23 de agosto de 2017