Uma postura comum a todos os bem-sucedidos que você pode ter a partir de amanhã

12 de agosto de 2021

Há 10 anos uma parte importante do meu trabalho é entrevistar. Semanalmente eu entrevisto uma média de 10 a 15 executivos, então faça as contas e se espante com o número de pessoas fantásticas que já se sentaram do outro lado da minha mesa.

 

E eu aprendi muito com cada uma delas!

 

Com o tempo eu fui entendendo que alguns hábitos e escolhas eram comuns às pessoas com maior sucesso. Então quando estava entrevistando alguém e a pessoa mencionava alguns desses hábitos, eu mentalmente já a colocava em uma lista de pessoas com potencial para ser bem-sucedida. E era batata! Ao final da entrevista – e acompanhando sua carreira ao longo dos anos – eu sempre confirmava minha aposta!

 

Claro que eu fui absorvendo essas posturas para a minha vida, até porque eu acredito que a vida é muito curta para passarmos pessoalmente por todas as experiências, então precisamos aprender com os outros e absorver a experiência de quem admiramos.

 

A grande maioria dos executivos bem-sucedidos tem um hábito comum: a prática de esportes, e a maioria deles os pratica logo pela manhã!

Isso não quer dizer que todo executivo que pratica esportes é bem-sucedido, mas quase quer dizer que não tem como ser bem-sucedido sem ter tido o apoio do esporte.

 

O motivo quase sempre é o mesmo:

 

Usar o esporte como válvula de escape.

A maioria deles menciona que conforme vão progredindo na carreira e recebendo maiores responsabilidades, é impossível continuar com saúde mental e entregando resultados excelentes se não conseguir extravasar toda essa carga.

 

Sem contar, é claro, com a competitividade e a constante superação de metas e desafios que o esporte também traz.

 

O que a entrevista com o Gustavo me fez perceber:

 

E foi quando eu ouvi o Gustavo Sinisgalli, comentando que o esporte é a válvula de escape dele que eu entendi que deveria escrever sobre isso, para contribuir ainda mais com vocês.

 

O Gustavo é um profissional fantástico. Antes da Pearson, ele trabalhou muitos anos na Ambev, na Eztec e na T-Systems. Sempre na área financeira, Gustavo cresceu profissionalmente através de verdadeiros desafios em sua carreira:

 

“Gosto da bagunça! Gosto de pegar empresas que estão se estruturando e ajudar nesse processo de estruturação, porque acho que temos muito mais o que agregar!”

Na Ambev entrou em uma área que não tinha experiência prática alguma (Tesouraria), mas sobre a qual tinha background teórico pela graduação no Ibmec (atual Insper). Apostaram nele!

 

“Confiaram em mim, no cara que não tinha visto isso na prática. La na AMBEV é muito isso! Te dão o desafio e você tem que correr atrás.”

Hoje Gustavo é um profissional completo da área de Finanças, hoje Diretor de Planejamento Financeiro da Pearson, valoriza ter tido a oportunidade de passar por todos os subsistemas justamente por darem a ele a robustez necessária para estar onde está.

 

Clique aqui para assistir a entrevista com o Gustavo na íntegra e entender melhor como ele construiu sua carreira.

 

E falando sobre Esporte, durante nossa conversa, exatamente nesse ponto do vídeo, ele mencionou que hoje utiliza a corrida como válvula de escape e se organiza para conseguir correr três vezes por semana, acordando às 5h30 da manhã, inclusive aos finais de semana!

 

Ele também já foi adepto do ciclismo. Porém, hoje, com dois filhos pequenos, pedaladas de quatro horas de duração se tornaram inviáveis, principalmente porque ele valoriza passar tempo com sua família:

 

“Ao mesmo tempo que me divirto, vou pensando no meu dia. Já vou me preparando, mentalizando os problemas que vou encontrar. A energia que chegamos para trabalhar é absurda. O segredo é ter rotina, acordar cedo”.

Se você ainda não conseguiu assistir a entrevista com o Gustavo, corre lá no meu Canal do Youtube ou clique aqui e assista.

 

Ou, no final desse artigo, leia mais algumas notas sobre essa fantástica entrevista.

 

Eu, Fernando.

No meu caso, eu sempre gostei de esportes e cheguei a competir quando era mais novo.

 

Nos últimos anos, estava focado apenas na musculação e isso era minha terapia. Mais recentemente entrei para o CrossFit, todos os dias às 6h, e aí sim entendi o poder do esporte na minha vida profissional.

 

Às 8h eu já estava de banho tomado, no escritório, tomando café preto, sentado para trabalhar, com a energia a mil. Em 1 hora resolvia pepinos que demoraria o dia inteiro para resolver, pois a cabeça estava fresca e o corpo são. E depois ainda me sobrava tempo para criar.

 

Hoje, com bebê pequeno em casa, ainda não consegui voltar a rotina de acordar muito cedo, mas encaixei o squash e musculação no meu horário de almoço: foi minha salvação.

 

O que o Coaching fala sobre isso?

Em minha formação como Coach, uma das coisas que aprendi foi o poder do balanço entre as atividades físicas e mentais: a oscilação.

 

Um dos maiores erros que os profissionais cometem atualmente é chegar em casa, exaustos do dia, e escolherem atividades passivas como forma de descanso, como assistir TV, por exemplo, ou ainda outras atividades que exigem capacidades mentais.

 

A impressão de que essas atividades vão repor as energias gastas durante o dia é uma ilusão, pois essa exaustão é mental, uma vez que passam quase o tempo todo sentados, sobrecarregando assim ainda mais a parte cansada do corpo.

 

Para recompor o equilíbrio, gerar uma qualidade de vida ideal e manter alto o nível de produtividade, é fundamental buscar uma atividade física complementar, preferencialmente na mesma intensidade desse imenso esforço mental.

 

Por isso tem sido cada vez mais comum encontrar empresários e executivos de sucesso que se envolvem em esportes intensos como triatlo, maratonas, natação em mar aberto, artes marciais etc.

 

 

Se você se interessou pelo tema, veja outros artigos:

 

Agora, como Coach, eu não poderia deixar de te perguntar:

 

Se você tiver uma resposta que realmente o impeça de começar amanhã, por favor, peço que me escreva contando sobre ela: [email protected]. Farei questão de ler e responder a todos os que me escreverem.

 

(Pode me mandar e-mail contando que vai começar uma nova rotina amanhã também!!)

 

Minhas notas finais sobre a entrevista com o Gustavo

Bom, foi entrevistando o Gustavo Sinisgalli que eu tive inspiração para escrever esse texto, e como já é de costume, eu sempre escrevo e publico minhas notas sobre as entrevistas que realizo, então seguem os 11 pontos que destaco de minha entrevista com o Gustavo:

 

1- Balanço da vida pessoal e profissional

Gustavo tem 2 filhos! Sua vida mudou, aprendeu a valorizar melhor o tempo: ser mais produtivo para quando chegar em casa poder estar integralmente com a família.

 

2 -Foco

Sua graduação foi muito direcionada ao mercado financeiro, mas seu objetivo nunca foi esse (apesar de muitos dos seus colegas estarem hoje em Bancos). Seu interesse era utilizar essa bagagem financeira como ferramenta para ajudar as empresas a tomarem as melhores decisões.

 

3 -Cultura

Começou sua carreira em uma empresa alemã, que o ensinou a ter foco em entrega, disciplina e produtividade. Em seguida mudou para uma empresa familiar, nacional e de menor porte, com um perfil totalmente diferente, em fase de mudança e adaptação. Lá foi a oportunidade de aplicar todo o conhecimento aprendido, implementando os procedimentos, controles e processos.

 

4 -Oportunidades

Uma empresa bagunçada e com uma estrutura mais enxuta é uma excelente oportunidade de crescimento! Além do desafio de ajudar na construção da área financeira, também se envolveu com a área de relação com investidores, adquirindo novos conhecimentos e mais exposição com o mercado. Foi a primeira de muitas outras novas áreas em que se envolveu.

 

5 -Desafios

Seu principal motivador profissional foi a busca por mais aprendizado, não tendo receio de fazer mudanças que pudessem aumentar os horizontes de seus conhecimentos – não olhando apenas a remuneração oferecida.

 

6 -On the job

Desenvolveu muitas de suas habilidades na prática: acordando cedo e se dedicando mais que a média! Se envolveu em diversas áreas que não tinha vivência prévia e hoje valoriza muito isso.

 

7- Competências

As 5 principais competências que foram fundamentais para seu desenvolvimento:

 

Curiosidade: busca constante pelo conhecimento, tentando entender os motivos por trás de toda ação;

Ownership: sempre olhou com olhos de dono; ‘Se eu fosse o dono da companhia, o que estaria fazendo?’;

Comprometimento: completa dedicação para o trabalho e para o aquilo que está fazendo no momento;

Relacionamentos: cultivando bom relacionamento pessoal com seus pares, chefes e subordinados;

Planejamento: sempre atento às oportunidades. ‘Todos os dias da nossa vida passa o trem de oportunidade, basta saber se a gente vai subir ou não! Fazer um relatório diferente, construir uma relação melhor, entender um problema com mais detalhes etc.

 

8- Networking

Tenta manter contato com pessoas que admira, com quem trabalhou no passado, ou que conheceu em alguma ocasião, seja através do WhatsApp, um almoço, adicionando no Linkedin depois de conhecer. ‘É muito mais fácil quando é natural, genuíno, verdadeiro, ao invés de quando se coloca uma regra, uma tabela.’

 

9 -Gestão

Tenha uma rotina fixa e clara com seus liderados, anotando suas pendências e dando feedbacks na hora que algo acontece, promovendo assim um desenvolvimento constante.

 

10 -Sucesso

É trabalhar com o que gosta, em um ambiente bacana, com pessoas queridas, com quem gostamos de trabalhar, e aprendendo sempre. É nunca estar satisfeito, mas sempre buscando algo a mais! O sucesso é se você está bem, se acordar com vontade de ir para o trabalho.

 

11- Dica de Ouro

Aprendeu com seu pai, que é médico, a trabalhar com o que gosta, a acordar cedo, arregaçar as mangas e dar duro, sendo sempre curioso. Assim o trabalho deixa de ser obrigação e passa a ser prazer.

 

 

Fernando Paiva – Headhunter

Publicado em 5 de julho de 2017